DE NORAS E DE SOGRAS

    O anedotário, o cinema, a literatura estão cheios de "causos" à respeito das relações conflituosas entre noras e sogras. Sendo que, a segunda, é sempre a bruxa, a megera, a "mãe dele".
    Ontem, conversando, no MSN, com a minha norinha nº 1 ( Calma! É por ordem de chegada!) e com a nº 2, sentadas à mesma mesa, percebi que eu sou uma sogrinha/tia e não uma SOGRA.
    Podem crer, fiquei tão feliz!
    Refletindo sobre isso, me dei conta de que a relação pode ser: nora + sogra e, não nora x sogra. Afinal, nós sogras e noras só queremos a felicidade daqueles serezinhos lindos, fôfos, maravilhosos...nossos filhos/maridos!
    Então, cabe, principalmente a nós sogras que somos ou já fomos noras,a maior responsabilidade de tornar esta relação saudável e harmoniosa.
    A nora quer demarcar território? É lógico, ela tem esse direito. Nós tambem já fizemos isso.
    Ela agora é a dona do nosso Bebê? Claro que é, e foi escolhida por ele, a quem nós demos "régua e compasso".
    Então, o que nós temos que fazer é abrir os braços e o coração para estas mulheres que são diferentes,sim, mas cheias de qualidades e experiências enriquecedoras. E, com uma saudável cumplicidade, "armaremos" para tornar nossos bebês/homens muito mais felizes.
    


    Uma homenagem às minhas duas norinhas, que são mulheres incríveis e muito especiais!

Minha História

Chico Buarque

Composição: Lúcio Dalla / Paola Pallottino

Ele vinha sem muita conversa, sem muito explicar
Eu só sei que falava e cheirava e gostava de mar
Sei que tinha tatuagem no braço e dourado no dente
E minha mãe se entregou a esse homem perdidamente, laiá, laiá, laiá, laiá
Ele assim como veio partiu não se sabe prá onde
E deixou minha mãe com o olhar cada dia mais longe
Esperando, parada, pregada na pedra do porto
Com seu único velho vestido, cada dia mais curto, laiá, laiá, laiá, laiá
Quando enfim eu nasci, minha mãe embrulhou-me num manto
Me vestiu como se eu fosse assim uma espécie de santo
Mas por não se lembrar de acalantos, a pobre mulher
Me ninava cantando cantigas de cabaré, laiá, laiá, laiá, laiá
Minha mãe não tardou alertar toda a vizinhança
A mostrar que ali estava bem mais que uma simples criança
E não sei bem se por ironia ou se por amor
Resolveu me chamar com o nome do Nosso Senhor, laiá, laiá, laiá, laiá
Minha história e esse nome que ainda carrego comigo
Quando vou bar em bar, viro a mesa, berro, bebo e brigo
Os ladrões e as amantes, meus colegas de copo e de cruz
Me conhecem só pelo meu nome de menino Jesus, laiá, laiá
Os ladrões e as amantes, meus colegas de copo e de cruz
Me conhecem só pelo meu nome de menino Jesus, laiá, laiá, laiá, laiá

    A música de Chico é para mostrar que, independente de classe social...mãe é tudo igual.

    Bom começo de semana. Beijos1