Dia destes estava conversando, com meu filho, sobre como é impossível a cabecinha de uma criança de hoje conceber o mundo sem computadores, jogos eletrônicos, tel. celular.
Só que meu filho já teve uma infãncia com Atari, MSX, televisão colorida e via satélite.
Imaginem agora, entrando no túnel do tempo, anos 50, uma cidadezinha do interior do Maranhão...
Era Bacabal. A cidade dividida pelo Rio Mearim, que na época das cheias invadia a Trisidela ( margem dos pobres) e expulsava a todos de suas casas. Muitas famílias desabrigadas eram alojadas nas usinas de arroz que paravam na entresafra. Uma delas era do meu pai que fazia questão de nos levar para conhecer aquela realidade.
Naquela época só havia televisão nas capitais. O rádio era o agregador das famílias. Ao pé dele nos reuníamos para ouvir o Reporter Esso, as novelas ou romances radiofônicos em capítulos, os grandes cantores em programas de auditorio, os jogos da Copa do Mundo de 1958.
Mas a principal diversão na nossa casa eram os livros e revistas. Nossos ou emprestados. Nesses velhos tempos a prática democrática de emprestar ou tomar emprestados livros e revistas era enormemente difundida. Lembro que os livros eram cuidadosamente encapados com papel de embrulho ou de presente quando conseguiamos. Possuir livros era um motivo de orgulho e dava status.
Assim, minha infância foi embalada por estórias de Monteiro Lobato, Ésopo, Irmãos Grimm e HQ de Luluzinha, Bolinha, Os Sobrinhos do Capitão e os gibís de faroeste, com trilha sonora de Sérgio Murilo, Paul Anka, Agostinho dos Santose muitos outros. Walt Disney ainda não havia, como hoje, massificado a literatura infantil.
A nossa maior alegria era a chegada de novos livros e revistas ou quando fazíamos novas amizades e descobríamos uma farta biblioteca a explorar.
Muito bons estes tão velhinhos tempos.
MARCIANITA - Sérgio Murilo ( música lançada em 1960)
Esperada marcianita
Asseguram os homens de ciência
Que em dez anos mais tu e eu
Estaremos bem juntinhos
E nos cantos escuros do céu
Falaremos de Amor
Tenho tanto te esperado
Mas serei o primeiro varão
A chegar até onde estás
Pois na terra, sou logrado
Em matéria de amor
eu sou sempre passado prá trás
Eu quero um broto de Marte
Que seja sincero
Que não se pinte, não fume
E nem saiba sequer
O que é rock'nd roll
Marcianita branca ou negra
Gorduchinha, baixinha, magrinha ou gigante
Serás meu amor
A distância nos separa
Mas no ano setenta felizes
Seremos os dois.
Beijos para todos.
domingo, 30 de janeiro de 2011
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
NATAL: ONTEM E HOJE.
Lembro dos natais da minha infância com Missa do Galo (meia-noite), quermesse na praça da igreja, ceia depois da missa e, é claro, Papai Noel.
Depois saiu o Papai Noel porque eu descobri que, na verdade, ele era Mamãe Noel; saiu a quermesse porque nos mudamos para a capital. Mas, continuou a alegria da família reunida, os segredos compartilhados na escolha dos presentes, o amor aflorando nos menores gestos.
Acho que, para mim, o Natal é principalmente uma oportunidade de demonstrar amor, apreço, consideração. Seja na escolha minuciosamente estudada dos presentes, nas mensagens dos cartões, no preparo da ceia, atendendo as preferências de cada um.
Para isso é im prescindível estarmos todos juntos.
Este ano foi diferente. Nãovou dizer que foi triste porque, à custa de muito esforço, consegui superar (ou seria sufocar?) a imensa falta que meus filhos Sandro e Robertinha fizeram. Eles estão do outro lado do oceano, em Londres, e não puderam vir.
Mas eis que o milagre da tecnologia e da modernidade aconteceu. Ligamos nossos laptops, entramos no Skype e, através da webcan, festejamos o Natal todos juntos, como deve ser. E por duas vezes: o nosso à meia-noite e o de Londres tres horas antes.
Aí estão as fotos que comprovam que para o amor e a internet não existem barreiras.
Beijos para todos!!!
Depois saiu o Papai Noel porque eu descobri que, na verdade, ele era Mamãe Noel; saiu a quermesse porque nos mudamos para a capital. Mas, continuou a alegria da família reunida, os segredos compartilhados na escolha dos presentes, o amor aflorando nos menores gestos.
Acho que, para mim, o Natal é principalmente uma oportunidade de demonstrar amor, apreço, consideração. Seja na escolha minuciosamente estudada dos presentes, nas mensagens dos cartões, no preparo da ceia, atendendo as preferências de cada um.
Para isso é im prescindível estarmos todos juntos.
Este ano foi diferente. Nãovou dizer que foi triste porque, à custa de muito esforço, consegui superar (ou seria sufocar?) a imensa falta que meus filhos Sandro e Robertinha fizeram. Eles estão do outro lado do oceano, em Londres, e não puderam vir.
Mas eis que o milagre da tecnologia e da modernidade aconteceu. Ligamos nossos laptops, entramos no Skype e, através da webcan, festejamos o Natal todos juntos, como deve ser. E por duas vezes: o nosso à meia-noite e o de Londres tres horas antes.
Aí estão as fotos que comprovam que para o amor e a internet não existem barreiras.
Beijos para todos!!!
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