Vocês devem estar se perguntando: O que é isto? Porque nós fomos criados para CONSTRUIR...Uma carreira, um casamento, uma família, a casa própria, um futuro. Ninguem nunca nos disse que, algum dia, nos teríamos que desconstruir ... E levamos a vida construindo, aprimorando, ampliando, melhorando.
E não é que, de repente, chega um momento, no qual nunca pensamos e para o qual ninguem nos preparou, nem mesmo alertou: a hora de desconstruir!
Pois é, o casamento se desfez, os filhos deixaram o ninho e nos sobrou uma casa grande, vazia, despendiosa... E os conselhos chegam aos borbotões: você precisa de mais segurança; um apartamento pequeno é mais econômico; um Flat dá mais segurança e menos trabalho Nós ponderamos e concluímos que filhos, irmãos, amigos estão certos.
Mas, como enfiar uma vida em um pequeno ap? O que fazer com nossas lembranças, com tudo que amealhamos em quatro décadas de vivências? Como vamos nos desfazer do souvenir daquela viagem especial? E do uniforme do primeiro dia de aula de cada um dos filhos? E da roupinha de recém nascido bordada pelas mãos hábeis daquela velha tia? Como deixar para trás, sem dor, como se fôsse um sapato velho, a casa onde guiamos os passos vacilantes, ensinamos as primeiras palavras e acalentamos o choro dos nossos filhos? Como dar as costas a essas paredes onde ainda ecoam os risos infantis, adolescentes, adultos...As brigas, as reconciliações, as alegrias e tristezas, derrotas e esperanças de uma família que criamos, protegemos e amamos tanto?
Falo "NÓS" porque eu não sou a única que terá que enfrentar esta realidade tão difícil! Portanto, quero deixar registrado o meu protesto: Deviam ter nos avisado que existe a "HORA DE DESCONSTRUIR"
Como os aromas também fazem parte das lembranças desta casa, vou dividir com vocês a minha receita de pãozinho de queijo. Ela vai, em especial, para Carol Barreto, a melhor amiga da minha filha, na época da Escola Girassol.
PÃOZINHO DE QUEIJO
Ingredientes:
2 xíc. de polvilho doce
1 xíc. de leite
1/2 xíc. de óleo
1 ôvo
1 colh. chá de sal
50 gr. de queijo parmesão raladao
Preparo:
Coloque todos os ingredientes no liquidificador, menos o polvilho.
Ligue o liquidificador e vá acrescentando o polvilho às colheradas.
Bata bem e, em seguida coloque em forminhas de metal untadas com óleo.
Forno quente por cerca de vinte minutos (depende do forno). Coloque
as forminhas bem separadas por que o pãozinho cresce, embora não
leve fermento.
Beijos para todos!!
terça-feira, 23 de agosto de 2011
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
BAIANIDADE
Que a Bahia é radicalmente diferente de qualquer outro lugar, ninguem tem dúvida. Que o baiano é um ser único, também não.
E estão muito errados aqueles que dizem que o baiano é preguiçoso, irresponsável, e outor adjetivos pouco delicados, estimulados pela inveja. Com certeza.
Afinal, prá que correr se dançando chegamos ao mesmo lugar, menos cansados e mais felizes? Prá que vociferar se cantando o entendimento fica mais fácil e prazeroso?
O baiano nasce com a música no corpo (ela está no sangue, nas células, no cérebro...) e a Fé no coração. Então, como não atender ao sagrado chamado dos atabaques e timbales? Como não correr para as lavagens das igrejas dos santos protetores? São tantas as obrigações! Depois bate uma sede... Têm-se que "tomar uma"...Mas o primeiro gole é do santo.
Sendo assim, como culpar o pobre baiano se a Lavagem do Bonfim cai numa quinta-feira? Temos que subir a Colina Sagrada para pedir proteção para o ano que começa e receber as bençãos do Senhor do Bonfim/Oxalá. E o dia 2 de Fevereiro, dia de homenagear Yemanja, este ano cai numa quarta ou o 4 de Dezembro dia de Yansã/Santa Bárbara em um dia chamado útil? Como não ir à missa na Igreja do Rosário dos Pretos, à procissão logo depois e ao caruru que completa o ritual?
Sol, muito calor, sede... E ainda tem: São Lázaro/Omolu, Cosme e Damião, Conceição da Praia... São mesmo muitas as obrigações!!!
Dessa forma é claro que o trabalho fica um tantinho prejudicado. Mas é só ter muuuuita caaaalma que tudo se resolve.
Ser baiano é ser malemolente, dengoso, chameguento, generoso e hospitaleiro. Aqui sempre cabe mais um em carro superlotado (vai no colo); você é servido na calçada porque a casa encheu (festa porreta é assim); uma única latinha de cerveja é dividida democraticamente com todos (cachimbo da paz).
Prá encerrar, em que outro lugar do mundo:
- Palavrão é adjetivo e não xingamento - "Porra véi, tá caro prá carai" ou "Eita agora fodeu o baba"(deu tudo errado);
- Filho de Gandhi troca colar por beijo na boca;
- Carnaval dura 7 dias e só termina na noite de quarta-feira de cinzas;
- Contabilizar quantas bocas beijou em cada dia de carnaval é costume sacramentado?
. Baianidade é isso. Mas tem muito mais...Só vindo aqui prá sentir!
CHAME GENTE
Morais Moreira
Ah! Imagina só que loucura essa mistura
Alegria, alegria é o estado que chamamos Bahia
De Todos os Santos, encantos e Axé, sagrado e profano o Baiano é carnaval
Do corredor da história, Vitória, Lapinha, caminho de Areia
Pelas vias, pelas veias, escorre o sangue e o vinho, pelo mangue Pelourinho
A pé ou de caminhão não pode faltar a fé, o carnaval vai passar
Da Sé ao Campo Grande somos os Filhos de Gandhi, de Dodô e Osmar
Porisso chame, chame, chame, chame gente
Que a gente se completa enchendo de alegria a praça e o poeta
É um verdadeiro enxame, chame, chame gente
Que a gente se completa enchendo de alegria a praça e o poeta.
Beijos baianos à todos!!!
E estão muito errados aqueles que dizem que o baiano é preguiçoso, irresponsável, e outor adjetivos pouco delicados, estimulados pela inveja. Com certeza.
Afinal, prá que correr se dançando chegamos ao mesmo lugar, menos cansados e mais felizes? Prá que vociferar se cantando o entendimento fica mais fácil e prazeroso?
O baiano nasce com a música no corpo (ela está no sangue, nas células, no cérebro...) e a Fé no coração. Então, como não atender ao sagrado chamado dos atabaques e timbales? Como não correr para as lavagens das igrejas dos santos protetores? São tantas as obrigações! Depois bate uma sede... Têm-se que "tomar uma"...Mas o primeiro gole é do santo.
Sendo assim, como culpar o pobre baiano se a Lavagem do Bonfim cai numa quinta-feira? Temos que subir a Colina Sagrada para pedir proteção para o ano que começa e receber as bençãos do Senhor do Bonfim/Oxalá. E o dia 2 de Fevereiro, dia de homenagear Yemanja, este ano cai numa quarta ou o 4 de Dezembro dia de Yansã/Santa Bárbara em um dia chamado útil? Como não ir à missa na Igreja do Rosário dos Pretos, à procissão logo depois e ao caruru que completa o ritual?
Sol, muito calor, sede... E ainda tem: São Lázaro/Omolu, Cosme e Damião, Conceição da Praia... São mesmo muitas as obrigações!!!
Dessa forma é claro que o trabalho fica um tantinho prejudicado. Mas é só ter muuuuita caaaalma que tudo se resolve.
Ser baiano é ser malemolente, dengoso, chameguento, generoso e hospitaleiro. Aqui sempre cabe mais um em carro superlotado (vai no colo); você é servido na calçada porque a casa encheu (festa porreta é assim); uma única latinha de cerveja é dividida democraticamente com todos (cachimbo da paz).
Prá encerrar, em que outro lugar do mundo:
- Palavrão é adjetivo e não xingamento - "Porra véi, tá caro prá carai" ou "Eita agora fodeu o baba"(deu tudo errado);
- Filho de Gandhi troca colar por beijo na boca;
- Carnaval dura 7 dias e só termina na noite de quarta-feira de cinzas;
- Contabilizar quantas bocas beijou em cada dia de carnaval é costume sacramentado?
. Baianidade é isso. Mas tem muito mais...Só vindo aqui prá sentir!
CHAME GENTE
Morais Moreira
Ah! Imagina só que loucura essa mistura
Alegria, alegria é o estado que chamamos Bahia
De Todos os Santos, encantos e Axé, sagrado e profano o Baiano é carnaval
Do corredor da história, Vitória, Lapinha, caminho de Areia
Pelas vias, pelas veias, escorre o sangue e o vinho, pelo mangue Pelourinho
A pé ou de caminhão não pode faltar a fé, o carnaval vai passar
Da Sé ao Campo Grande somos os Filhos de Gandhi, de Dodô e Osmar
Porisso chame, chame, chame, chame gente
Que a gente se completa enchendo de alegria a praça e o poeta
É um verdadeiro enxame, chame, chame gente
Que a gente se completa enchendo de alegria a praça e o poeta.
Beijos baianos à todos!!!
domingo, 30 de janeiro de 2011
Do séc. XX ao XXI
Dia destes estava conversando, com meu filho, sobre como é impossível a cabecinha de uma criança de hoje conceber o mundo sem computadores, jogos eletrônicos, tel. celular.
Só que meu filho já teve uma infãncia com Atari, MSX, televisão colorida e via satélite.
Imaginem agora, entrando no túnel do tempo, anos 50, uma cidadezinha do interior do Maranhão...
Era Bacabal. A cidade dividida pelo Rio Mearim, que na época das cheias invadia a Trisidela ( margem dos pobres) e expulsava a todos de suas casas. Muitas famílias desabrigadas eram alojadas nas usinas de arroz que paravam na entresafra. Uma delas era do meu pai que fazia questão de nos levar para conhecer aquela realidade.
Naquela época só havia televisão nas capitais. O rádio era o agregador das famílias. Ao pé dele nos reuníamos para ouvir o Reporter Esso, as novelas ou romances radiofônicos em capítulos, os grandes cantores em programas de auditorio, os jogos da Copa do Mundo de 1958.
Mas a principal diversão na nossa casa eram os livros e revistas. Nossos ou emprestados. Nesses velhos tempos a prática democrática de emprestar ou tomar emprestados livros e revistas era enormemente difundida. Lembro que os livros eram cuidadosamente encapados com papel de embrulho ou de presente quando conseguiamos. Possuir livros era um motivo de orgulho e dava status.
Assim, minha infância foi embalada por estórias de Monteiro Lobato, Ésopo, Irmãos Grimm e HQ de Luluzinha, Bolinha, Os Sobrinhos do Capitão e os gibís de faroeste, com trilha sonora de Sérgio Murilo, Paul Anka, Agostinho dos Santose muitos outros. Walt Disney ainda não havia, como hoje, massificado a literatura infantil.
A nossa maior alegria era a chegada de novos livros e revistas ou quando fazíamos novas amizades e descobríamos uma farta biblioteca a explorar.
Muito bons estes tão velhinhos tempos.
MARCIANITA - Sérgio Murilo ( música lançada em 1960)
Esperada marcianita
Asseguram os homens de ciência
Que em dez anos mais tu e eu
Estaremos bem juntinhos
E nos cantos escuros do céu
Falaremos de Amor
Tenho tanto te esperado
Mas serei o primeiro varão
A chegar até onde estás
Pois na terra, sou logrado
Em matéria de amor
eu sou sempre passado prá trás
Eu quero um broto de Marte
Que seja sincero
Que não se pinte, não fume
E nem saiba sequer
O que é rock'nd roll
Marcianita branca ou negra
Gorduchinha, baixinha, magrinha ou gigante
Serás meu amor
A distância nos separa
Mas no ano setenta felizes
Seremos os dois.
Beijos para todos.
Só que meu filho já teve uma infãncia com Atari, MSX, televisão colorida e via satélite.
Imaginem agora, entrando no túnel do tempo, anos 50, uma cidadezinha do interior do Maranhão...
Era Bacabal. A cidade dividida pelo Rio Mearim, que na época das cheias invadia a Trisidela ( margem dos pobres) e expulsava a todos de suas casas. Muitas famílias desabrigadas eram alojadas nas usinas de arroz que paravam na entresafra. Uma delas era do meu pai que fazia questão de nos levar para conhecer aquela realidade.
Naquela época só havia televisão nas capitais. O rádio era o agregador das famílias. Ao pé dele nos reuníamos para ouvir o Reporter Esso, as novelas ou romances radiofônicos em capítulos, os grandes cantores em programas de auditorio, os jogos da Copa do Mundo de 1958.
Mas a principal diversão na nossa casa eram os livros e revistas. Nossos ou emprestados. Nesses velhos tempos a prática democrática de emprestar ou tomar emprestados livros e revistas era enormemente difundida. Lembro que os livros eram cuidadosamente encapados com papel de embrulho ou de presente quando conseguiamos. Possuir livros era um motivo de orgulho e dava status.
Assim, minha infância foi embalada por estórias de Monteiro Lobato, Ésopo, Irmãos Grimm e HQ de Luluzinha, Bolinha, Os Sobrinhos do Capitão e os gibís de faroeste, com trilha sonora de Sérgio Murilo, Paul Anka, Agostinho dos Santose muitos outros. Walt Disney ainda não havia, como hoje, massificado a literatura infantil.
A nossa maior alegria era a chegada de novos livros e revistas ou quando fazíamos novas amizades e descobríamos uma farta biblioteca a explorar.
Muito bons estes tão velhinhos tempos.
MARCIANITA - Sérgio Murilo ( música lançada em 1960)
Esperada marcianita
Asseguram os homens de ciência
Que em dez anos mais tu e eu
Estaremos bem juntinhos
E nos cantos escuros do céu
Falaremos de Amor
Tenho tanto te esperado
Mas serei o primeiro varão
A chegar até onde estás
Pois na terra, sou logrado
Em matéria de amor
eu sou sempre passado prá trás
Eu quero um broto de Marte
Que seja sincero
Que não se pinte, não fume
E nem saiba sequer
O que é rock'nd roll
Marcianita branca ou negra
Gorduchinha, baixinha, magrinha ou gigante
Serás meu amor
A distância nos separa
Mas no ano setenta felizes
Seremos os dois.
Beijos para todos.
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
NATAL: ONTEM E HOJE.
Lembro dos natais da minha infância com Missa do Galo (meia-noite), quermesse na praça da igreja, ceia depois da missa e, é claro, Papai Noel.
Depois saiu o Papai Noel porque eu descobri que, na verdade, ele era Mamãe Noel; saiu a quermesse porque nos mudamos para a capital. Mas, continuou a alegria da família reunida, os segredos compartilhados na escolha dos presentes, o amor aflorando nos menores gestos.
Acho que, para mim, o Natal é principalmente uma oportunidade de demonstrar amor, apreço, consideração. Seja na escolha minuciosamente estudada dos presentes, nas mensagens dos cartões, no preparo da ceia, atendendo as preferências de cada um.
Para isso é im prescindível estarmos todos juntos.
Este ano foi diferente. Nãovou dizer que foi triste porque, à custa de muito esforço, consegui superar (ou seria sufocar?) a imensa falta que meus filhos Sandro e Robertinha fizeram. Eles estão do outro lado do oceano, em Londres, e não puderam vir.
Mas eis que o milagre da tecnologia e da modernidade aconteceu. Ligamos nossos laptops, entramos no Skype e, através da webcan, festejamos o Natal todos juntos, como deve ser. E por duas vezes: o nosso à meia-noite e o de Londres tres horas antes.
Aí estão as fotos que comprovam que para o amor e a internet não existem barreiras.
Beijos para todos!!!
Depois saiu o Papai Noel porque eu descobri que, na verdade, ele era Mamãe Noel; saiu a quermesse porque nos mudamos para a capital. Mas, continuou a alegria da família reunida, os segredos compartilhados na escolha dos presentes, o amor aflorando nos menores gestos.
Acho que, para mim, o Natal é principalmente uma oportunidade de demonstrar amor, apreço, consideração. Seja na escolha minuciosamente estudada dos presentes, nas mensagens dos cartões, no preparo da ceia, atendendo as preferências de cada um.
Para isso é im prescindível estarmos todos juntos.
Este ano foi diferente. Nãovou dizer que foi triste porque, à custa de muito esforço, consegui superar (ou seria sufocar?) a imensa falta que meus filhos Sandro e Robertinha fizeram. Eles estão do outro lado do oceano, em Londres, e não puderam vir.
Mas eis que o milagre da tecnologia e da modernidade aconteceu. Ligamos nossos laptops, entramos no Skype e, através da webcan, festejamos o Natal todos juntos, como deve ser. E por duas vezes: o nosso à meia-noite e o de Londres tres horas antes.
Aí estão as fotos que comprovam que para o amor e a internet não existem barreiras.
Beijos para todos!!!
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